Tratamentos > Tratamento fonoaudiólogico | |
Ignês Maia Ribeiro, MS
A clínica se dá na união da ciência e da sensibilidade.
O fonoaudiólogo que se propõe tratar os distúrbios da fluência deve, antes de tudo, se apropriar de conhecimentos específicos referentes da área e das alterações que nela possam ocorrer. O fazer clínico, porém, não pode se constituir apenas da reprodução de dados científicos. Existe em cada paciente todo um universo - único, singular - que deve ser compreendido e respeitado pelo terapeuta. Para o desenvolvimento de um trabalho terapêutico responsável é pré-requisito manter-se sintonizado com os avanços científicos nacionais e internacionais. Vivemos em um momento em que o acesso às informações está cada vez mais facilitado. Os avanços científicos são disponibilizados em grande quantidade e em alta velocidade a um número cada vez maior de pessoas. Isso faz com que o conhecimento, muitas vezes envelheça rapidamente, o que, nem sempre, significa torná-lo inválido ou descartável. A possibilidade de acesso contínuo aos novos estudos obriga o pesquisador a aprofundar suas bases teóricas e a apurar seu senso crítico para avaliar cada fonte de pesquisa e o conteúdo do material. O aumento da produção científica e a maior facilidade de acesso a tais estudos nos permitem compreender melhor a fluência da fala e seus distúrbios. A gagueira do desenvolvimento é apenas um dos transtornos da fluência da fala. Taquilalia, bradilalia, taquifemia, gagueira por lesão neurológica e gagueira psicogênica são outros distúrbios reconhecidos pela fonoaudiologia. A terapia fonoaudiológica especializada em transtornos da fluência visa o restabelecimento da fluência ou a amenização dos bloqueios, prolongamentos, repetições, entre outros aspectos, como também busca o estabelecimento de relações de comunicação mais saudáveis, com conseqüente melhora da qualidade de vida de seus pacientes. O processo terapêutico deve auxiliar o terapeuta e paciente a compreender a maneira como cada pessoa se organiza diante da fala gaguejada. A análise de todos os preâmbulos: idade, história de fala, antecedentes familiares, vivências, tipologia, grau de severidade, entre outros; dos comportamentos corporais manifestados por essa pessoa e da escuta cautelosa do que a pessoa diz, fornecerá dados para que o terapeuta possa tomar decisões que sejam pertinentes a essa determinada pessoa. O trabalho do fonoaudiólogo deve ser um trabalho de detetive cuidadoso e delicado, que vai investigar com sensibilidade e cautela todas as manifestações clinicas e seu impacto na vida dessa pessoa. No processo terapêutico, torna-se importante trabalhar com a propriocepção, o relaxamento psico-fisico, a coordenação pneumo-fono-articulatória, a lentificação da fala, o aumento da amplitude articulatória, o contato de olho, entre outros. Estratégias como o cancelamento, o pull-out, o de redução gradativa de tensão, gagueira voluntária, inicio de fonação suave, fala ritmada ou silabada, fala sob mascaramento, atraso do feed-back auditivo associado à alteração da freqüência da fala, são excelentes aliados no trabalho de promoção de fluência e/ou modificação da gagueira. O terapeuta deve tornar o ambiente profissional acolhedor. Ele é o mediador, o facilitador do conhecimento crítico que o paciente terá de si, de sua fala, de suas relações de comunicação e das técnicas a serem empregadas, promovendo, ou facilitando, a fluência. O paciente deve ser estimulado a participar ativamente, executando as atividades prescritas pelo terapeuta no seu dia-a-dia. O terapeuta leva o paciente a compreender melhor a gagueira, a sentir como ela acontece em seu corpo. Leva-o a tomar consciência de seus sentimentos em relação à sua fala e à gagueira. Todas essas experiências devem ser sentidas sob a ótica da dupla terapeuta e paciente. Ao elaborar um planejamento o terapeuta não deve se perguntar O que eu faço?. Mas Por que eu faço? - Por que opto por esta e não por aquela técnica? Cada uma tem o seu porquê ao estar sendo aplicada e o momento certo de fazê-lo. A importância da técnica reside na sua adequação à pessoa, sua situação, suas possibilidades. Não pode ser usada só porque é uma técnica. Durante todo o processo, o terapeuta estará compartilhando conhecimento e acolhendo, tendo sempre em mente que ali as pessoas estão tratando de um ponto de dor para elas: a gagueira. O terapeuta deve agir com seriedade e comprometimento diante do peculiar desta pessoa que gagueja. O fonoaudiólogo especializado em gagueira deve estar apto para: 1. captar um detalhado histórico de fala e dados sobre os antecedentes pessoais e aspectos familiares em relação à fala, à linguagem e à fluência; 2. realizar e documentar o processo de avaliação detalhada, seja essa avaliação quantitativa, ou qualitativa; 3. apoiar-se em uma base teórica consistente e adotar um método coerente; 4. seguir um planejamento estudado e bem preparado, elaborado na hierarquia do mais simples para o mais complexo, do mais fácil para o mais difícil; 5. fazer registros das terapias realizadas e planejar cada sessão terapêutica seguinte; 6. registrar as constantes atualizações dos avanços obtidos pelo paciente e uma permanente revisão das metas. Finalizando temos que o fonoaudiólogo especializado em fluência deve ter conhecimento teórico profundo e consistente sobre o tema e a sensibilidade para compreender e respeitar a pessoa que gagueja. A teoria subsidiará o terapeuta para que possa tomar decisões mais assertivas indo ao encontro dos objetivos traçados. O aumento da produção científica e a maior facilidade de acesso a tais estudos nos permitem compreender melhor a fluência da fala e seus distúrbios. A gagueira do desenvolvimento é apenas um dos transtornos da fluência da fala. Taquilalia, bradilalia, taquifemia, gagueira por lesão neurológica e gagueira psicogênica são outros distúrbios reconhecidos pela fonoaudiologia. A terapia fonoaudiológica especializada em transtornos da fluência visa o restabelecimento da fluência ou a amenização dos bloqueios, prolongamentos, repetições, entre outros aspectos, como também busca o estabelecimento de relações de comunicação mais saudáveis, com conseqüente melhora da qualidade de vida de seus pacientes. O processo terapêutico deve auxiliar o terapeuta e paciente a compreender a maneira como cada pessoa se organiza diante da fala gaguejada. A análise de todos os preâmbulos: idade, história de fala, antecedentes familiares, vivências, tipologia, grau de severidade, entre outros; dos comportamentos corporais manifestados por essa pessoa e da escuta cautelosa do que a pessoa diz, fornecerá dados para que o terapeuta possa tomar decisões que sejam pertinentes a essa determinada pessoa. O trabalho do fonoaudiólogo deve ser um trabalho de detetive cuidadoso e delicado, que vai investigar com sensibilidade e cautela todas as manifestações clinicas e seu impacto na vida dessa pessoa. No processo terapêutico, torna-se importante trabalhar com a propriocepção, o relaxamento psico-fisico, a coordenação pneumo-fono-articulatória, a lentificação da fala, o aumento da amplitude articulatória, o contato de olho, entre outros. Estratégias como o cancelamento, o pull-out, o de redução gradativa de tensão, gagueira voluntária, inicio de fonação suave, fala ritmada ou silabada, fala sob mascaramento, atraso do feed-back auditivo associado à alteração da freqüência da fala, são excelentes aliados no trabalho de promoção de fluência e/ou modificação da gagueira. O terapeuta deve tornar o ambiente profissional acolhedor. Ele é o mediador, o facilitador do conhecimento crítico que o paciente terá de si, de sua fala, de suas relações de comunicação e das técnicas a serem empregadas, promovendo, ou facilitando, a fluência. O paciente deve ser estimulado a participar ativamente, executando as atividades prescritas pelo terapeuta no seu dia-a-dia. O terapeuta leva o paciente a compreender melhor a gagueira, a sentir como ela acontece em seu corpo. Leva-o a tomar consciência de seus sentimentos em relação à sua fala e à gagueira. Todas essas experiências devem ser sentidas sob a ótica da dupla terapeuta e paciente. Ao elaborar um planejamento o terapeuta não deve se perguntar O que eu faço?. Mas Por que eu faço? - Por que opto por esta e não por aquela técnica? Cada uma tem o seu porquê ao estar sendo aplicada e o momento certo de fazê-lo. A importância da técnica reside na sua adequação à pessoa, sua situação, suas possibilidades. Não pode ser usada só porque é uma técnica. Durante todo o processo, o terapeuta estará compartilhando conhecimento e acolhendo, tendo sempre em mente que ali as pessoas estão tratando de um ponto de dor para elas: a gagueira. O terapeuta deve agir com seriedade e comprometimento diante do peculiar desta pessoa que gagueja. O fonoaudiólogo especializado em gagueira deve estar apto para: 1. captar um detalhado histórico de fala e dados sobre os antecedentes pessoais e aspectos familiares em relação à fala, à linguagem e à fluência; 2. realizar e documentar o processo de avaliação detalhada, seja essa avaliação quantitativa, ou qualitativa; 3. apoiar-se em uma base teórica consistente e adotar um método coerente; 4. seguir um planejamento estudado e bem preparado, elaborado na hierarquia do mais simples para o mais complexo, do mais fácil para o mais difícil; 5. fazer registros das terapias realizadas e planejar cada sessão terapêutica seguinte; 6. registrar as constantes atualizações dos avanços obtidos pelo paciente e uma permanente revisão das metas. Finalizando temos que o fonoaudiólogo especializado em fluência deve ter conhecimento teórico profundo e consistente sobre o tema e a sensibilidade para compreender e respeitar a pessoa que gagueja. A teoria subsidiará o terapeuta para que possa tomar decisões mais assertivas indo ao encontro dos objetivos traçados. |
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